quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Artigo: Língua Portuguesa - A/01222

A Internet e a Língua Portuguesa


Apesar de ser língua primária apenas no Brasil e em Portugal, o português está entre os dez idiomas mais falados no mundo, segundo o Ethnologue - são 178 milhões de pessoas que o utilizam em 37 países. Nos últimos anos, ele tem sofrido influência direta da Internet, e o advento das redes sociais deu um empurrão nesse quadro.

Se td o q fosse publicado fosse digitado sem respeitar mto o que se aprende na escola quanto à escrita, o conteúdo das reportagens seria deixado de lado? Vcs, leitores, acreditam q um "corrão", um "comofas" ou um "todos chora" dificulta a compreensão?

Os internautas têm desaprendido o português e a linguagem escrita sofre com isso, mas é bom  salientar que há mais ou menos atenção dependendo do tipo de rede social em que se está escrevendo. Num LinkedIn, por exemplo, as gírias da rede praticamente não entram.

Quem perde com isso? As pessoas estão falando que a exposição ao português errado pode influenciar negativamente. Mas estamos muito mais expostos ao português correto do que o contrario. Isso influencia positivamente? Pelo visto não, certo? Então por que o contrário seria verdadeiro?

Mas será que o uso persistente desse novo idioma não pode confundir a pessoa na hora de tentar um emprego? O internauta sabe lidar com a diferença entre se comunicar pela rede com qualquer um e falar com recrutadores? No LinkedIn, a gente vê posts com alguns erros de ortografia. No Facebook, ou Twitter isso é mais permissivo, porque aquilo não é lugar para contato profissional.

Reduzir palavras, por exemplo, já faz parte do cotidiano de quem é ativo na internet. O que para alguns pode ser visto como aberração, outros enxergam como evolução natural da língua. De qualquer maneira, seu uso é proibido no contato profissional, a não ser em caso de comunicação interna. Mas não aquela coisa de substituir um acento agudo por um h.

Abreviação de palavras nasceu com a internet? Não! O 'vc' que usamos hoje é uma abreviação de 'você', que é uma abreviação de 'vancê', que é uma abreviação de 'vosmecê', que abrevia 'vossemecê', que abrevia 'vossa mercê'.

Em 2010, o dicionário Aurélio incorporou verbetes do ambiente digital, as chamadas expressões "wébicas". Entre eles estão palavras como "e-book", "tablets", "pop-up", além dos verbos "tuitar" e "blogar". Os substantivos "fotolog", "blue tooth", "blu-ray disc" e "blu-ray player" também estão por lá.

Ttuitar' é bem mais uma palavra técnica do que 'wébica': existe uma rede social chamada Twitter, quando você posta algo ali você 'tuíta', portanto o verbo 'tuitar' é tão verbo quanto 'dormir', 'imprimir', 'digitar', 'clicar'".

Não se vê sinais de doença no português, ele é adaptável; e o neologismo existe muito antes de a internet ser criada. Na agilidade, as pessoas erram e acabam não corrigindo, então às vezes o problema nem é a linguagem, mas os erros de digitação. Além do mais, a internet nunca vai ser tão formal quanto a carta.

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