quinta-feira, 7 de junho de 2012

Artigo: A Ciência da Religião - A/01192

A Ciência da Religião


Pela evolução, o homem tem buscado um desenvolvimento em muitas áreas do conhecimento. Conhecemos as ciências de forma generalizadas, mas nos campos específicos, elas são tratadas por seus mestres como convém. Assim é que se desenvolve, na vida moderna, as ciências: a ciência da educação, a ciência jurídica, a ciência médica, e assim por diante. Não obstante esse conglomerado de ciências humanas, não há, em nossa opinião, a “Ciência da Religião”.

O que existe, na verdade, são os dogmas, que representam, o conjunto de crenças, de “verdades” rudimentares ou elaboradas. Também se evidencia nesse contexto, as regras de conduta, que é a própria moral religiosa, e ainda os sistemas de ritos e cerimônias, que muito bem caracterizam os cultos praticados pelos povos.

Se não há uma ciência da religião, muitos ramos da ciência não podem ignorá-la, como a História, a Psicologia, a Antropologia e sobretudo a Filosofia.

Nosso desejo aqui é tratar a religião de uma forma abrangente, sem que a vinculemos a determinada confissão, não importando a sua origem, natureza e extensão, nem o específico conteúdo dogmático de cada uma delas, quer se trate de religião natural ou revelada, por meio de hierofanias, que vão de Cristo “Deus encarnado”, até pedra ou árvore que, mesmo nas chamadas religiões primitivas, não são cultuadas senão enquanto símbolos ou expressões de algo sagrado.

Cada grupo religioso, seja no Cristianismo ou mesmo no contexto das grandes religiões orientais, existe a fragmentação, onde, em nome de Deus, são criados os diversos seguimentos, sempre com base em algum texto sagrado, com interpretação variada. Por discordância do fundamento original, alguns se rebelam, e desta maneira, dão início a uma nova organização religiosa. Particularmente, no Brasil, surgem a cada dia, novos conceitos de fé, em que os chamados “Missionários” levam a Palavra aos seus fiéis. Nas grandes cidades, e mesmo em pequenas comunidades, é comum nos depararmos com sugestivos títulos de novas denominações religiosas, que engrossam as fileiras do movimento exotérico. “Igreja Pentecostal Deus é Poderoso”, “Igreja Jesus Voltará”, “Comunidade Sara Nossa Terra”, “Renascer”, “Igreja Pentecostal o Brasil para Cristo”, “Adventista da Reforma”, “Batista do Sétimo Dia”, “Igreja Católica Brasileira”, “Movimento Católico Carismático”, “Só o Senhor é Deus”, “Igreja Pentecostal Jerusalém Avivamento”, “Jesus é o Salvador” “Congregação Cristã de Curitiba”, “Tabernáculo da Fé”, “Deus é Amor”, e tantos outros que aparecem aqui, ali e acolá.

Tudo isso é importante para unir as pessoas e as comunidades em torno de um ideal, e também corrobora esse movimento com o lado sociológico da questão. A prática religiosa influi na formação no caráter e ajuda a auto-estima das pessoas, melhorando até mesmo a sua comunicação e a convivência social.

Nunca se pode condenar uma denominação por pequena que seja, nem que tenha sido iniciada há pouco tempo. Ainda que seu idealizador tenha desejos espúrios na propagação dessa mensagem, contudo o rebanho deve ser preservado, pois a sua fé pode perfeitamente ser autêntica e estar nos moldes de tantos outros precursores.

Conheço um homem, que na ânsia de se tornar ministro evangélico e líder, fundou a sua própria congregação, numa pequena cidade do interior. Tempos depois, ele transmigra para outra denominação, enquanto aquela por ele fundada, expande-se, e numa metrópole, conquista espaços consideráveis nos meios populares. O fundador parou no tempo, mas a instituição Igreja evoluiu de maneira gigantesca.

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